Entrevista com Viv Schiller – Co-criadora de RED WEBSÉRIE

Todo mundo assistiu a primeira temporada da websérie brasileira RED, e se apaixonou. Estamos ansiosas esperando a segunda temp, que já foi anunciada. O casal #MELIZ conquistou muitas betinas e a história envolvente das duplas pernosagens deixou a gente com gostinho de quero mais. Enquanto isso, nós preparamos uma entrevista com Viv Schiller, uma das criadoras de RED. Enjoy, betinas!

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1 – Vivi, acompanhamos o sucesso da websérie RED nas redes sociais e vimos o quanto a serie deixou fãs e muitos admiradores tanto da produção, quanto do roteiros e equipe envolvida. De onde surgiu a inspiração, desejo de criar uma web série?

V: Eu e a Germana acompanhamos séries e web séries estrangeiras e sentimos falta de um projeto audiovisual com representatividade nacional. O formato web série nos proporcionaria um alcance maior de público, além de mais autonomia para contar uma história do jeito que queríamos. Sabíamos que queríamos criar algo para o público brasileiro, mas não tínhamos ideia de quando o faríamos. Com o apoio que o casal “Clarina” – Clara e Marina, da novela das 9 – recebeu do público, percebemos que tínhamos um momento interessante de mobilização no país e entendemos que era um bom momento para oferecer a história que queríamos contar.

2 – De onde vem o nome RED? Algo em especial?

V: Eu levei algumas sugestões de nome à Germana e uma delas foi RED. Nós duas gostamos do nome e decidimos adotá-lo como nome da web série. RED é uma referência à Scarlet, cujo nome é uma variação da cor vermelha (escarlate). A cor vermelha transmite a ideia de paixão, ardência, amor, intensidade… E nós entendemos que nossas personagens representam essas características, cada uma a seu modo. Procuramos, inclusive, brincar com alguns elementos físicos com essa cor, ao longo dos oito episódios, como o batom, por exemplo.

3 – A série é lésbica e isso tem deixado as betinas ouriçadíssimas. O foco da equipe é a produção de conteúdo LGBT?

V: É a primeira vez que trabalhamos juntos. Mas uma coisa é certa: a história de RED foi definida, desde o começo, com foco na relação amorosa entre mulheres, tanto Scarlet e Simone, quanto Mel e Liz.

4- Há algum outro projeto de sua autoria voltado para a tématica LGBT?

V: Ainda não, mas quem sabe em breve.

5 –  Todos estão aguardando por mais #Meliz. Qual a previsão para a tão desejada segunda temporada?

V: No momento, estamos escrevendo os próximos oito episódios da web série. A previsão de lançamento é para o primeiro semestre de 2015. Continuaremos divulgando informações nas nossas redes sociais.

6 – Ana Paula Lima e Lu Bollina fazem um lindo casal. Como foi a escolha das atrizes? Vocês já tinham trabalhado juntas?

V: Foi a primeira vez que trabalhamos com elas. Ambas foram indicações de pessoas da nossa equipe. Conversamos com algumas atrizes além delas, fizemos leitura do material com todas, mas desde o início sentíamos que as duas – Lu e Ana – seriam perfeitas. Formalizamos o convite, elas aceitaram e o resultado está aí. Temos muita sorte de tê-las conosco neste projeto.

7 – RED está sendo indicada para alguns prêmios e títulos. Como vocês vem isso? Uma inspiração para novas produções?

V: Com certeza. Mas, acima de tudo, penso que isso contribui para incentivar os produtores brasileiros a apoiar projetos com temática LGBT cada vez mais.

8 – Temos visto muitos conteúdos LGBTs surgindo no cinema, televisão, internet, livros etc. E isso é importante para que mais LGBTs se reconheçam através dos personagens. A criação de RED tem alguma motivação partindo desse princípio também?

V: A ideia por trás de RED era compartilhar com o público uma história de amor entre duas mulheres, evitando rótulos e clichês. Algumas pessoas disseram se identificar com Mel e/ou Liz, e isso é muito legal. Já me perguntaram se eu fui inspiração para alguma delas, mas isso não aconteceu. Pelo contrário: a minha personagem favorita é a Scarlet e eu não tenho nada a ver com ela. (Risos) Tanto eu quanto a Germana pensamos em criar personagens que nos desafiassem a pensar fora da caixa. E se a nossa história conseguir contribuir para que pessoas consigam se identificar com as personagens e até mesmo buscar um alento nelas, teremos cumprido um papel interessante, sem dúvida.

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