Improvável – Parte 10

POV MAYA

Eu estou tão feliz, que eu não consigo esconder minha felicidade. Julia e eu estamos, namorando. Minha família sabe, nossos amigos sabem… Já conversei com os pais dela por mensagem de vídeo. Tudo está maravilhoso! Ela me completa, e quando por algum motivo ela viaja a trabalho, ou eu, a saudade dói.
A imprensa já está desconfiando que eu esteja com alguém. Todas as vezes que um paparazzi me vê eu estou com Julia e mais algumas pessoas.
Por mim eu assumiria logo, mas Julia não quer, disse que as pessoas não entenderiam o fato de sermos um casal. Eu não irei contra a sua decisão, o importante é estarmos juntas, felizes… Eu me tornei a pessoa mais melosa do mundo! E tenho vontade de gritar em cada entrevista que eu concedo, que eu tenho a mulher mais incrível do mundo como minha namorada.

POV JULIA.

3 meses depois.

Queria Maya comigo, eu daria tudo para ter ela aqui comigo. Ela está na Europa com o elenco da série divulgando a nova temporada. Já faz três dias que ela saiu de viagem e o mundo ficou assustador. Maya embarcou de manhã, na noite anterior nós duas saímos para uma boate, queríamos dançar, sempre fazíamos isso.
Patty, Cindy, Marco e Takeshi foram conosco, ficamos em um lugar totalmente privado, então me senti à vontade para abraça-la e tudo ocorreu bem. Na saída, resolvemos sair pelos fundos, Maya me roubou um belo beijo.

No dia seguinte, o beijo estava estampado nos sites de fofoca. Meu nome circulando por todos os lugares. Maya achou melhor assumir o namoro, e como tudo já estava escancarado, eu deixei ela fazer o que bem entendesse, ela lida já há um bom tempo com a imprensa e os fãs.

Em uma entrevista para um programa na França, a questionaram sobre o flagra, ela confirmou que somos um casal já há alguns meses. Eu honestamente tentei me manter calma, e ficar feliz, ela falou tão bem de mim, do nosso relacionamento que se não fosse o pânico que eu estou sentindo… Eu teria achado extremamente fofo.

Ela me diz sempre que eu estou em pânico atoa. Talvez porque ela não saiba o quão estranho é as pessoas ao meu redor apontando o dedo pra mim. E para piorar na faculdade, algum engraçadinho invadiu o sistema da escola, e no telão que fica na praça de alimentação, geralmente passando notícias, começou a passar um vídeo de Maya e Lucy se beijando, Maya beijando outras pessoas. São cenas dela, ela em diversos personagens em beijos quentes e até algumas cenas de sexo. Não foi nada agradável isso.
Enquanto as pessoas gritavam e olhavam esperando alguma reação minha de fúria, Apenas me levantei, com toda a calma do mundo ao lado de Cindy e sai.

Voltei para a sala e no quadro uma linda ilustração de Maya pedindo socorro, enquanto eu estava por cima dela. Me sentei, respirei fundo e esperei a professora chegar e acabar com aquilo. Mas, para minha ‘‘sorte” ela chegou, olhou para o quadro e começou a rir. Ela percebeu que eu não estava gostando e tentou conter a risada, e fingiu estar brava. Depois, a reitoria da faculdade me chamou e me pediu desculpas, pelo transtorno, eles descobriram quem invadiu a rede e colocou o vídeo… Honestamente eu nem quis saber e apenas sai. Não quero confusão, e daqui um ano e meio, eu estou livre disso. Só preciso aprender a administrar, eu sou adulta e vivo com pessoas que acabaram de sair do colegial, que não tem nem 18 anos de idade.
Eu não vou ser a pólvora disso tudo. No twitter não é diferente, pessoas me marcam em mensagens nada agradáveis.

“ Maya sempre disse gostar do mar, mas namorar uma baleia ai já é d+”

“ Maya está fazendo caridade? ’’

“ Maya está fazendo treinamento para o próximo filme “o amor é cego”.

“ Maya está namorando uma miss… Miss plusize! Ridículo isso.”

“ Julia deve ser gente boa, pq não há explicação visível para Maya Montreal namorar aquilo”

“gente não vamos ter raiva da Julia, vamos ter dó! Ela é gorda, daqui a pouco Maya vai cansar disso e vai voltar a ser normal ’’

“fica longe da Maya! Ela é da Lucy! #Macyisreal ”

Não vou mentir, dizer que esses comentários não me ofendem, mas, mais do que se sentir ofendida eu estou com medo. Não vou falar disso com Maya, por mais que Marco acha que eu devo dizer… Eu não me sentiria bem em causar desconforto na relação dela com as fã e muito menos deixa-la nervosa em um momento tão importante de sua carreira, ela precisa estar tranquila para divulgar.

POV MAYA

O dia andou de maneira estranha, no trabalho tudo ok, fomos a um programa de TV, demos entrevistas em um espaço do hotel… Uma festa mais a tarde. Coisas típicas de divulgação, mas eu estava com o coração apertado, falei com Julia mais cedo, faz bastante tempo que eu estou longe dela, ela realizou seu sonho, um sonho que nem eu sabia.
Ela comprou o carro que ela sempre quis, um Jeep vermelho, ela não parou de me mandar fotos do carro, eu estava feliz por ela.  Julia prometeu me levar para um belo passeio assim que eu voltasse para a casa…. Daqui a dez dias, eu voltaria e então tudo estaria bem, novamente bem. Esse aperto no coração provavelmente é saudade.

Festa rolando na Inglaterra, eu completamente desesperada por Julia não me atender. Não me entendam mal, eu não sou uma louca psicopata insegura que tem ciúmes e já fica imaginando mil e uma coisas se a minha namorada não atende. Eu realmente só estou preocupada. Até que algo que quase nunca acontece, aconteceu… Meu pai me chamando no whatsApp.

Pai: Filha
Eu: Oi pai! Como tá as coisas ai?
Pai: Onde você está?
Eu: Na Inglaterra, seguindo o cronograma de divulgação.
Pai: Sim, essa parte eu sei… Você está podendo falar?
Eu: Tô sim, o senhor tá sério, aconteceu alguma coisa?
Pai: Aconteceu, com a Julia… Ela está bem, não surta, só está em estado de choque.
Eu: Pai pelo amor de Deus, o que aconteceu com ela?
Pai: Vou te mandar as fotos.

Eu estava tremendo, as fotos não carregavam, Lucy que estava ao meu lado, estava tentando me acalmar. E juro que quando a foto carregou, eu tinha vontade de matar. Era o carro de Julia, o carro dos sonhos dela, totalmente destruído… Não por batida ou coisa do tipo. Ele teve os vidros e os faróis quebrados, foi pinchado com mensagens de ódio, e no carro inteiro, pintado em letras gigantes a palavra Macy is real.

Macy é a fusão do meu nome com o de Lucy, alguns fãs acreditam em que, algum momento desses anos de convivência de trabalho e amizade, eu e Lucy tivemos ou ainda temos algo. Alguns apenas torcem, outros são bem obcecados.

Pai: Filha você está ai?
Eu: Cadê ela?
Pai: Está no quarto com o seu irmão e o Takeshi.
Eu: Eu vou ligar para ela.
Pai: Tá.

O telefone tocou até quase a ligação cair.

– Alô!!! Ju, você está bem? – Perguntei de modo aflito ansiosa pra ouvi-la.

– Mana, sou eu.

– Marco, passa o telefone pra Julia eu preciso falar com ela, saber como ela está, passa logo.

– Ela não quer.

– Como assim não quer falar comigo? – Dei um grito chamando a atenção dos meus colegas que estavam comigo na mesa.

– Não quer, mana, dá um tempo pra ela pensar… Só um minuto, gente, eu já volto… Espera mana que tô saindo do quarto pra falar com você.

– Ta.

– Mana, eu sei que você quer falar com ela, mas ela não quer… Eu coloquei ela pra deitar, Takeshi fez um chá pra ela, daqui a pouco ela vai dormir.

– Como isso foi acontecer?

– Estávamos no abrigo, não dá pra saber, estavam só cinco pessoas trabalhando até tarde, quando saímos vimos isso… O carro foi destruído, pneus foram rasgados, o carro está destruído, quem fez isso, fez bem feito! O alarme do carro não disparou em momento algum… Seja lá quem fez isso, quebrou o volante, de tanta pancada, rasgou o estofado do carro e até deixou uma mensagem pregada no carro.

– Que mensagem?

– Deixe ela livre pra Lucy, fizemos isso com o seu carro… Dá próxima vez será com você.

– Eu não acredito! Marco ela vai me deixar.

– Mana, acalme-se, faça seu trabalho dê esses dez dias que faltam pra ela pensar.

– Eu não consigo, eu vou voltar agora mesmo!

– De jeito nenhum, fica ai!

– Marco, ela é minha namorada! Eu amo ela, eu nunca disse isso, pra ninguém, nem pra ela, mas eu não me imagino sem ela… Eu deixo a carreira por ela!

– Você está com a cabeça quente… Faça seu trabalho, seja profissional como sempre foi, não vamos deixar ela sozinha, ela vai ficar bem. Quando você voltar, ai vocês duas conversam… eu vou voltar para o quarto… Maya, pelo amor de Deus, se cuida ai.

POV MARCO

Faz seis dias que a barbaridade aconteceu… Julia está bem, na medida do possível, ela está com um pouco de medo das pessoas.  Maya continua divulgando, as pessoas tem me marcado no twitter, e me perguntado porque minha irmã está tão distante nas entrevistas, séria e monossilábica… Ela não é assim. Eu sempre mantive a discrição, essa coisa de internet e rede sociais, faz todo mundo ficar acessível, e as mensagens sempre chegam até mim.
Meu pai está revoltado com o que aconteceu, por mais que Julia tivesse pedido para ninguém colocar isso na mídia, ele colocou. Escreveu um texto imenso falando sobre falta de respeito, crueldade… Ele foi cruel com as Macy shippers, afinal, são elas que atacam mais a Julia por rede social.
Ele escreveu barbaridades, na verdade barbaridades que mereciam ser ditas, e ainda colocou fotos do carro.

Eu até achei que isso pioraria as coisas, mas a maioria das pessoas, pararam de fazer piadas (que não tem nenhuma graça), e até levantaram a #Maya&Juliasorry. Maya não se manifestou sobre. Julia muito menos, já que ela excluiu sua conta no twitter.

Julia me pergunta sempre de Maya, se ela está bem. Maya insiste em mandar inúmeras mensagens para ela, porém Julia não responde, apenas, visualiza. Espero que as duas passem por isso… Maya é uma outra pessoa desde que Julia apareceu na sua vida, Maya voltou a ser ela mesma! Eu não quero perder minha irmã novamente.

A polícia está trabalhando forte nesse caso, e não vai demorar para achar quem fez, já se tem suspeitos, ou melhor suspeitas… Todas adolescentes, e loucas pela minha irmã e por Lucy. Mas, precisamos de provas concretas, e a polícia está cuidando disso. A pior parte é que o carro deu perda total, e Julia, devido a correria do seu dia, comprou o carro e não fez seguro. Ou seja, ela perdeu o carro. Tenho certeza que minha irmã resolverá isso quando voltar.

POV MAYA

Não consegui, podem me chamar de fraca, mas eu não vou esperar mais três dias para resolver essa situação. Eu preciso vê-la, tocá-la e olhar nos olhos dela e dizer para ela não me deixar. Lucy disse que vai segurar as coisas para mim, não viajamos sozinhas, todo o elenco está junto, mas as principais somos nós duas. Peguei um avião e fui direto para sua casa.
Pelo horário ela já deve ter chegado do trabalho.

Meu nome ainda estava autorizado na portaria, espero que isso seja um bom sinal. A luz da sala dela está acessa, encostei meu carro em frente à sua casa e toquei a campainha.

– Cindy, mas… – Julia ficou pálida quando me viu, eu queria abraça-la e roubar um beijo, fazer tudo o que eu sempre fazia nos últimos meses. – Eu achei que era a Cindy, ela vai me emprestar um livro pra um trabalho da faculdade… Ela tá demorando.

– Hum. – O medo paralisou meu cérebro, eu só consegui falar isso.

– Você quer entrar?

– Quero. – Julia deu espaço para que eu passasse por ela, aquele perfume do hidratante que ela sempre usa. – Como você tá?

– Bem. – Julia não olhava em meus olhos. – Achei que você chegaria daqui há três dias.

– Pois é, eu decidi vir mais cedo, eu queria te ver, conversar com você… Desculpe por não te avisar que eu tinha chegado, eu fui em casa, deixei as malas, e peguei o carro.

– Tá com fome? Eu posso pedir algo para você comer.

– Se você comer comigo.

– Tá, você quer lanche? Pizza? Comida Japonesa?

– Comida japa seria uma boa. – Forcei um sorriso, Julia parecia uma incógnita, como um campo minado, eu não fazia a mínima ideia de onde eu poderia pisar.

– Ok, vou pedir… Só isso?

– Sim – Aquele desconforto, era como voltar no tempo onde éramos apenas duas pessoas estranhas, tentando ser amigas. – O que você está fazendo?

– Pintando uma tela, é para um trabalho de faculdade…

– Posso ver você pintar? – Ela apenas confirmou com a cabeça, enquanto andávamos até seu quintal, a tela não era muito grande, ela estava pintando uma paisagem. – Está ficando lindo, vai colocar mais elementos?

– Não sei, talvez… Alguma sugestão?

– Crianças correndo.

– É pode ser. – Julia estava focada na tarefa de faculdade, me perdi olhando para ela, por um bom tempo, quando tentei me aproximar dela, ela deixou um frasco de tinta cair sobre sua roupa. – Merda!

– Calma, eu te ajudo a limpar essa sujeira.

– Não precisa! – Julia disse sem nenhum paciência. – Desculpe Maya, eu estou um pouco nervosa.

– Te entendo, eu também.

– Olha, tem dinheiro o suficiente pro que eu pedi naquele pote azul na cozinha, você sabe bem onde fica, é só pegar a grana lá e pagar, eu vou tomar um banho.

– Eu pago a comida.

– Não, de modo algum!

– Dividimos então.

– Pode ser. – Ela saiu correndo entrando para o banheiro. – Maya, só pra te avisar, eu sei exatamente quanto vai dar a conta, e também sei quanto eu tenho de dinheiro no pote, nada de pagar a mais do que eu! – A velha Julia de sempre, essa é a minha garota. Julia nunca deixou eu pagar a conta de tudo sozinha, muito diferente de todas as mulheres que saí, ela sempre me fez dividir, dizia que não queria ser taxada de pessoa aproveitadora e até me ensinou a economizar, como ela mesma diz, não é porque você tem muito ou ganha muito você tem e pode gastar muito, dê valor a seu dinheiro. – Escutou? – Ela perguntou me gritando do banheiro.

– Sim, pode deixar. – Fiquei jogada no sofá pensando em todos os bons momentos que vivemos naquela casa, momentos que eu quero repetir várias vezes aqui ou em qualquer lugar… Sendo com ela, por mim, está ótimo. A campainha tocou, abri a porta, peguei a comida e coloquei na cozinha, o cheiro estava ótimo, e eu morta de fome, porém eu iria esperar por ela. – Julia, a comida chegou!

– Tá, eu já tô me trocando pode ir comendo.

– Te espero, posso abrir um vinho?

– Pode.

O jantar foi agradável, mas monossilábico, eu não tinha tocado nela, e isso estava me matando. Ela é minha namorada eu não devia estar com tanto medo de lhe abraçar forte e dizer que tudo ficaria bem. Estávamos na bancada, sentadas naquelas banquetas altas que praticamente nos deixa como se estivéssemos em pé.

– Precisamos conversar. – Falei chamando sua atenção, não dava mais para adiar esse assunto. – Você se machucou? – Ela apenas negou com a cabeça. – Desculpa por todo esse inferno que fizeram com a sua vida, eu dei uma olhada nas coisas que te marcaram, que te enviaram no twitter, antes de você excluir a conta, e eles foram desumanos com você. – Coloquei minha mão por cima da dela, e comecei a acariciar de leve. – Porque nunca me contou?

– Não queria atrapalhar sua relação com os fãs. – Julia estava de cabeça baixa, não correspondia ao meu carinho em sua mão, eu estava entrando em desespero. – Maya, por favor, sem pena, sem culpa… Faça o que você veio fazer, fala de uma vez, é melhor do que ficar enrolado. – Ela tirou sua mão da minha e se levantou com agressividade.

– Ei, calma. – Me aproximei dela. – O que você acha que eu vim fazer?

– É obvio, terminar comigo! – Os olhos dela se encheram de lágrimas, aquilo me partiu o coração.

– Não! Claro que não, eu vim para ficar do seu lado, cuidar de você, eu achei que você terminaria comigo!

– Porque achou isso?

– Você evitou falar comigo!

– Porque eu não queria que você notasse que eu estou frágil, e quisesse voltar correndo pra Miami. Eu não quero prejudicar seu trabalho. – Sua voz foi ficando trêmula, como quem não demoraria a chorar. Então abracei-a apertado, e suas lagrimas começaram a cair.

Imagino o quão difícil tudo tem sido pra ela, ela está longe dos pais, não tem mais o colo deles quando bem desejar, a sociedade é preconceituosa ao extremo, e quem não se encaixa em seus padrões é massacrado. E ela ainda está envolvida com uma pessoa pública, a exposição é cruel. Quantos amigos e amigas de profissão reclamam que não conseguem ter um relacionamento estável devido a exposição, a imprensa invadindo sua privacidade. E para piorar ainda teve esse ato de vandalismo, que resultou na perda total do seu sonho…

Sei que estar comigo deixará a vida dela mais difícil. O que eu posso fazer por ela, é ama-la, fazer ela se sentir especial e confiante o tempo todo. – Senti tanto a sua falta.

– Eu também minha linda. – Beijava seu rosto. – Eu não vou te deixar, nunca! Nem que você me peça para ir embora, eu não vou!

– Eu gosto tanto de você, Maya…

– Olha pra mim. – Julia me encarou enxugando suas lagrimas. – Isso, enxuga seu rosto. – Roubei um selinho dela. – Eu não gosto de você Ju, eu amo você… Eu te amo! Você me transborda, você me faz feliz, você me faz realizada, você é minha metade! Eu sinto que uma parte da minha alma te amou desde o início… Eu te amo Julia e não há nada e nem ninguém entre nós! Deixem esses nojentos falarem o que eles bem quiserem… Vamos construir um lugar só nosso, um universo paralelo, e todas as vezes que a gente sentir medo ou algo assim, vamos nos encontrar nesse universo e vamos ficar lá, em segurança até toda a tempestade passar, eu não vou soltar sua mão, seu corpo e nem deixar você livre para qualquer pessoa… Eu sei muito bem o que eu quero, e eu quero você. – Julia ficou parada me olhando por alguns segundos, e depois me atacou com um beijo carregado de amor.

– Eu te amo… Eu te amo, amo amo amo amo amo amo amo amo amo

– Me ama muito? – Julia afirmou com um gesto. – Promete ficar comigo e enfrentar todo mundo sem soltar a minha mão se for preciso?

– Prometo. – Julia revela seu melhor sorriso e nessa altura eu só penso na saudade que eu estou de toca-la. Então sem hesitar peguei ela no colo. – NÃO NÃO, AMOR. ME PÕE NO CHÃO! Eu sou pesada demais.

– O que você disse? – Parei com ela no meio do corredor.

– Que eu sou pesada demais! Me solta.

– Não, não… Você me chamou de amor! – Eu parecia uma criança feliz, com um sorriso solto na cara. – E foi muito bom ouvir isso! – Girei com ela em meus braços.

– Não gira! Me solta, vai dar problema na sua coluna, me solta eu sou pesada demais!

– Você é gostosa demais – Sai com ela em direção ao seu quarto. – A minha gostosa.  – Coloquei ela na cama e me deitei em cima dela. – Saudades do seu corpo, do seu cheiro, seu gosto.

– Então me fode gostoso. – Os olhos dela mudaram completamente, dando lugar uma luxuria, algo que eu já conhecia e amava.

Ataquei-a com toda a minha vontade, seu corpo é meu, seu coração é meu… Só de pensar na hipótese de perder Julia, eu morri de medo… Eu não posso mais viver sem ela.
Sem o cheiro dela, sem tocar a pele dela, sem ela, em todos os sentidos, não consigo me imaginar sem ela.

Continua…

Parte 11

Já leu?

Parte 1

Parte 2 

Parte 3

Parte 4 

Parte 5

Parte 6

Parte 7

Parte 8

Parte 9

 

assinatura paula okamura.fw

4 thoughts on “Improvável – Parte 10

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  4. Ana Luisa Jesus Boa Morte says:

    Que atitude ridícula de um fã achar que só porque gosta do seu ídolo tem o direito de decidir até com quem ele deve ou não se relacionar. 🙄

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