MENINA – PARTE 7

POV SOFIA.

Sete meses, já faz sete meses que venho sida mantida em cárcere privado pela minha mãe e pelo Caio. Eu sei que eu tenho uma opção boa, ir embora para Inglaterra, mas eu não posso. Não depois de ontem.

Nesses sete meses, me encontrei com Elisa a sós poucas vezes. Até Nanda minha mãe colocou para me vigiar quando ela ou Caio não estão por perto. Mas Nanda foi mais esperta e leal a mim. Ela fingiu concordar com minha mãe e Caio, mas sempre que dá nos ajuda a se encontrar.

Nesses tempo muita coisa mudou, de ambas as partes. Acho que no começo tanto eu quanto Elisa, tínhamos medo de nos envolver emocionalmente. E isso aconteceu. Sempre conversamos antes de dormir, tive que comprar um chip e celular novo, só para falar com ela. Nanda me contou que minha mãe conseguiu grampear meu número e receber por e-mail todas as minhas conversas no celular. Fora relação de ligações recebidas e feitas. Como Elisa brinca, somos um Romeu e Julieta.

Minha mãe sempre dá um jeito de fazer Caio ir comigo, e ele questão de me exibir como um pedaço de carne. Eu estou me sentindo uma adolescente conversando escondido. Mas por Elisa vale. Ela foi em um evento, uma reunião com alguns arquitetos, e tiraram foto dela abraçada a uma mulher. Foi inevitável, eu fui seca com ela, tadinha. A pobre ficou durante três horas tentando engatar algum assunto comigo até que eu falei o que estava me incomodando. Ela deu risada, disse que era para ficar despreocupada, que ela estava apaixonada por mim… eu me derreti. Elisa é tão fechada, tão na dela, sei que deve ter sido difícil escrever e me enviar aquilo. Eu também disse que sou apaixonada por ela, foi a primeira vez que ficamos de chamego. Foi tão bom.

Esse fim de semana será a festa da empresa de minha mãe e de Elisa. Será em um clube, os clientes estarão lá e funcionários também. Fui intimada pela minha mãe a ir, Caio vai.
Porém Nanda também, talvez eu consiga ficar um pouco a sós com Elisa.

POV ELISA.

Como diz uma amiga minha que mora em Boston, eu tô na bosta. Perdi minha amiga mais próxima. Hoje Carla e eu só tratamos de assuntos profissionais. E ainda me apaixonei por Sofia, pareço uma adolescente com o primeiro amor. Eu sou daquelas pessoas melosas, queria tanto poder dar um ursinho de pelúcia a ela.

Cafona?
Romântico?
Não sei. Mas eu queria.

A tão esperada noite (pelo menos para Carla), chegou. A festa em comemoração aos 20 anos da nossa empresa. Uma festa de gala (achei exagerado), mas respeitei a vontade de Carla. Pelo menos poderia ver Sofia, de longe, mas imagina-la em um vestido de gala… Nossa, ela estará linda.

– Elisa, você está deslumbrante! – Ricardo, padrasto de Sofia me abraçou.

– Obrigada Ricardo, você também não está nada mal. – Pisquei para ele e caímos na risada.

– Carla também está linda, vocês duas estão uma dupla perfeita.

– Obrigada, onde está Carla?

– Está conversando com um tal de Evandro. – Senti um certo ciúmes da parte dele.

– É o contador da empresa.

– Não gosto dele, você sabe, tenho ciúmes da Carla. Não gosto dessas reuniões que eles tem lá no escritório de casa.

– Reuniões?

– É, de quinze em quinze dias eles se reúnem. Já indaguei Carla inúmeras vezes sobre o porque da reunião ser lá em casa e não na empresa, ou porque você não vai. Ela sempre diz que essas reuniões são sigilosas e que ela te chamou inúmeras vezes, mas que você nunca vai. – Fiquei olhando para ele, assimilando tudo, afinal Carla nunca me chamou para essas reuniões. Sempre achei que todas as vezes que tivemos reuniões com o Evandro, era as únicas reuniões. – Elisa?

– Oi… Pois é, eu nunca gostei dessas reuniões. –  Menti para Ricardo que é uma pessoa maravilhosa, amanhã eu daria um jeito de tirar essa história a limpo. – Ricardo me dê licença, vou falar com uma cliente minha.

– Claro, vai lá.

Fiquei escondida um pouco na festa, até que vi Sofia deslumbrante em um vestido azul marinho curto, os cabelos cacheados, ela abriu um sorriso quando me viu, obviamente eu retribui. Ela estava sendo escoltada por aquele idiota do Caio. A minha vontade é de dar um belo tapa na cara dele.

Eu não sabia nada sobre a festa, qual era o cronograma mas durante a noite, quando dei por mim, estava eu, Carla e todos os nossos funcionários em cima do palco, recebendo uma homenagem (outra coisa bem cafona) de um cliente nosso. Ele foi gentil, disse lindas palavras, mas ele disse: Carla e sua equipe ergueram essa empresa.

Não que eu queira todos os créditos, mas o correto seria Carla e Elisa. Eu investi 50% e ela 50%, lembro como se fosse ontem, sentamos eu e Carla com o Dr. Felipe, advogado nosso na época, e eu sou sócia de Carla, não funcionaria. Queria que Felipe estivesse aqui, ele é um amor de pessoa, mas infelizmente Carla o demitiu anos depois. Na hora de falar, somente Carla falou. Durante toda noite Carla levou os créditos por tudo.

– Elisa. – Clarice me chamou em um canto.

– Oi.

– Desculpe mas o que tá acontecendo aqui? Você não vai falar? A empresa também é sua.

– Tô achando isso completamente estranho Clarice. Preciso que segunda de que manhã você consiga sem ninguém saber o telefone do doutor Felipe. Deve ter nos arquivos, estou achando isso muito estranho. Carla me passou a perna.

– Tem certeza? Vocês duas são grandes amigas

– Já não somos mais, e não confio em Carla.

– Ok, vou ver isso direitinho.

– Olá, meninas. – Carla chegou.

– Cuidado Clarice, Elisa pode te seduzir.

– Carla, não seja tão baixa. – Repreendi Carla pela brincadeira de péssimo gosto.

– É melhor eu ir andar um pouco, com licença. – Clarice se afastou de nós.

– Carla, me responda uma coisa, porque eu não fui citada como proprietária? – O sorriso dela se desmanchou.

– Porque você é sempre a mais tímida, mais reservada, nem queria que tivesse essa festa, achei que não queria ter seu nome citado.

– Eu queria sim que comemorássemos, mas só nós e nossos funcionários, uma festa mais simples.

– Você pensa pequeno Elisa. São 20 anos. – Fui me retirando. – Onde vai?

– Embora, cansei dessa palhaçada.

– Boa noite, Elisa. – Sai deixando-a sozinha.

Mandei uma mensagem para Nanda e ela logo me encontrou na cozinha.

– Qual o plano?

– Eu vou sair de carro do clube, só para Carla realmente achar que eu fui embora, depois volto ao clube, me escondo no estacionamento e fico a espera de Sofia. Você consegue levar ela até mim?

– Sim, mas acho que para Carla ou Caio não desconfiar, é melhor esperar passar mais de uma hora da sua ida.

– Concordo, eu espero. Por ela, eu espero.

– Você gosta mesmo da minha amiga, não é? –  Nanda me fez corar com a pergunta.

– Olha Nanda, eu queria não gostar, mas eu gosto. Gosto muito.

– Ela também é louca por você, desde que éramos adolescentes. – Nanda caiu na risada.

– Nem me fale, um dia conversamos sobre isso, morri de rir. Nunca pensei que ela gostasse de mim nessa época.

– Ela te secava com os olhos, você que foi lerda. – Fechei a cara fingindo irritação e depois comecei a rir.

– Aguardo você me dar o sinal verde. Tchau.

– Tchau.

Fiz como o combinado, estou escondida atrás de uma arvore, perto do estacionamento.

POV SOFIA.

Elisa foi embora, mas eu estava curtindo a festa, eu amo dançar, faz eu me esquecer um pouco da tensão. Do nada, Nanda começou a passar mal, disse que foi de tanto beber, mas ela nem bebeu tanto assim. Minha mãe ficou preocupada, todos nós ficamos. Nanda queria deitar um pouco no carro, pediu para que eu fizesse companhia.
Caio também já estava alegre e minha mãe deixou só nós duas irmos.

Do nada Nanda mudou, estava sã e bem.

– Toma. – Ela me entregou a chave do seu carro.

– O que é isso?

– A chave do meu carro, sua anta!

– Eu sei, eu tô perguntando para que? E você não estava passando mal? Caindo de bêbada?

– Entra no carro, eu vou esperar naquele carro ali. Quando terminarem, me chamem lá.

– Terminarem o que? – Senti alguém me abraçar por trás, sorri automaticamente. Não precisei me virar, conheço esse perfume. – Tô começando a entender.

– Meninas entrem no carro e se curtam antes que alguém veja nós três aqui… Vai namorar.

– Pode deixar, vou devolver sua amiga sã e salva. – Elisa disse enquanto me puxava para o carro de Nanda. – Entre. – Me sentei no banco de passageiro.

– Ainda bem que a Nanda trocou o carro, o outro era aquele 500 da fiat. – Começamos a rir. – Meu Deus, a quanto tempo você está aqui fora?

– Umas duas horas.

– Você é louca.

– Sim, é culpa sua isso. – Seu rosto ficou vermelho.

– Saudades de tocar em você. – Fiz um carinho em seu rosto.

– Menina… – Elisa disse enquanto sentia meu carinho em seu rosto.

– Sua, sua menina.

– Minha… Que saudade. – Elisa me roubou um beijo.

– Vem aqui no meu colo. – Elisa se sentou no meu colo. – Saudades do seu corpo. De ficar tranquila com você.

– Eu sei, não temos muito tempo.

– Não, mesmo. – Subi a barra do vestido dela e desci sua calcinha.

– Menina, se comporte.

– Não me comporto, não. Não sou passiva apenas.

– Sei que não, eu também não sou só ativa.

– Somos os dois. Por isso nos damos tão bem.

– Tira logo esse vestido. – Ela prontamente me atendeu. – Que saudades desse corpo. – Comecei a masturba-la, enquanto nos beijávamos de maneira intensa. – Eu quero você, todo dia, toda hora Elisa. Eu não aguento mais ficar nessa situação.

– Eu vou resolver isso, confie em mim. – Comecei a sugar o seu seio com voracidade.- Puta que pariu, Sofi… Chupa, vai!

– Por mim eu sugaria sua alma, Elisa. Isso!Rebola gostoso, vai! – Elisa atacou meu pescoço. Senti sua boca, sua mão correu até a lateral do banco, e o destravou, fazendo o banco se deitar. Me afastei dela, colocando meu corpo todo para trás. – Vem aqui, senta aqui na minha cara.

Elisa veio com cuidado até meu rosto e se agachou, minha língua circulando seu clitóris de maneira lenta enquanto ela rebolava.
Seu gosto é divino… Seus gemidos ecoando pelo carro, sua pele escorrendo suor.

– Deixa essa língua parada, vai. – Fiz o que ela me pediu e seu corpo começou a rebolar com rapidez, segurei em sua bunda e apertei-a com força, seu gemido doído fez meu corpo explodir de tesão.

– Quero Gozar em seus dedos. – Me ajeitei no banco, ficando sentada, posicionei meus dedos, e Elisa sentou com maestria em cima deles. –  Merda! – Ela estava fora de controle. Sentir sua boceta esmagando meus dedos e seu corpo tremendo me fez gozar. – Ai, meu Deus! Hummmm…

Ficamos exaustas dentro do carro, matamos um pouco a saudade.
Elisa precisou ir embora, Nanda entrou no carro logo em seguida, fiquei contando para ela alguns detalhes, Nanda é curiosa!
Mesmo sendo hétero, ela adora histórias hots lésbicas… Não me surpreenderia se um dia Nanda disser que foi para cama com alguma mulher.

Continua…

Já leu?

Parte 1

Parte 2

Parte 3 

Parte 4

Parte 5

Parte 6

assinatura paula okamura.fw

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