#Entrevista Dj Lola Bê

Betinas de Salvador, hoje temos uma surpresinha para a galera que curte a night baiana, ou para a galera que está precisando curtir. 😉 Um entrevista com a Dj Lola Bê. Vamos saber um pouquinho mais sobre essa Betina gatíssima.

Lola, conta para gente como você começou a trabalhar com música? O que te inspirou?

Sempre amei música mas nunca pensei em nada que me levasse pro palco, minha onde é mais backstage. Mas quando comecei fazer a TOP TOP, uma festinha para dykes “alternativas” (que curtiam um som diferente do bate-estaca que rola nas boates GLS), percebi que precisava definir melhor o estilo musical como produtora, então terminei assumindo as pick ups. Deu tão certo que sigo até hoje, rs.

Você se vê como uma Dj para o público LGBT, principalmente?

Hoje em dia não tanto. A primeira festa que fiz era direcionada para as meninas, mas com o tempo o público redefiniu a festa, e a festa se tornou bem misturada, como minhas festas atuais. Já toquei muito em casas GLS, mas meu som é mais alternativo, então o público é bem misturado dentro do universo underground.

Você tem várias áreas de atuação, como: publicitária, produtora, DJ, etc. Tem planos para algum trabalho exclusivamente com a temática lésbica?

Mais ou menos, rs. Segundo semestre rolarão algumas edições de um projeto que faço parte chamado Cabaret Drag King. É um show nos moldes das apresentações de travestis, mas com a masculinidade como o foco das performances. Fora isso, tento sempre participar de ações e eventos ativistas como a Semana de Combate à Homofobia que rolou no Solar Boa Vista aqui em Salvador, onde toquei na festa de encerramento.

Você já enfrentou algum tipo de dificuldade no ambiente profissional por ser homossexual assumida?

Não. Hoje trabalho num ambiente super acolhedor nesse sentido, mas já trabalhei em lugares formais, bem caretas e isso nunca foi um problema. Mas acredito que a minha postura interfere muito nisso. Não escondo, sou muito natural em relação ao assunto e me comporto como qualquer outra pessoa, com os mesmos direitos inclusive. Desde que me assumi pra mim sempre foi claro que se houver algum lugar em que seja um problema ser gay, esse lugar definitivamente não serve pra mim.

Você passa por situações como ser abordada por fã na rua, internet, etc? Como é a sua relação com seu público?

Já aconteceu algumas vezes, não muitas. Na real são abordagens engraçadas. Fico super sem graça porque não acho que minha atuação seja passível a ter fãs e nem os considero fãs, mas sempre interajo. Normalmente são os novinhos que vem falar, acho fofo, engraçado. Fora isso, no geral sempre interajo com o público. Conversamos e muitas pessoas terminam se tornando meus amigos.

Existe algum lugar em especial onde você sonha em se apresentar, ou alguém com quem adoraria fazer uma parceria?

Não. Não tem nenhum lugar que desejo me apresentar. Gente, ninguém acredita mas morro de vergonha do palco. Então não almejo um lugar, um público ou algo assim. Gosto de tocar no meu santinho e só.

30

A Bolha é a festa que não sai do seu calendário. Conta um pouco sobre os seus próximos planos para ela. Que novidades vêm por aí?

A princípio não tenho muita novidade. Agora diminuímos a frequência por conta de tempo. E confesso que estou cada vez mais diurna, rs.

Você acha que o público lésbico é atualmente bem representado na internet ou falta conteúdo?

Claro! Olha o Sou Betina aí pra provar isso! =)

 

Lindona! 😉 Pessoal, conheçam mais sobre a festa A Bolha aqui.

Deixe uma resposta